terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fim de período

O período vai passando.
Os alunos vão estressando.
A gente começa a achar que está ficando louco (ou mais louco), com o tanto de provas e trabalhos que começam a surgir juntos, até que do nada alguém (créditos Laís) te envia um vídeo de um louco falando sobre o McLuhan e com pessoas mais estranhas ainda "dançando" ao som da música.
Nessas horas que digo, querendo ou não, faculdade é divertido.


domingo, 28 de novembro de 2010

Rio de Janeiro

Poderia falar aqui mil e uma coisas sobre os acontecimentos da última semana que foram, realmente espetaculares - e duvidosos -, mas o intuito deste post é outro.

Após passar praticamente seis meses lendo sobre como são feitas reportagens, acredito que consegui ficar, ainda, mais chato do que o normal. O problema é que quando você descobre todos, ou pelo menos vários, dos diversos detalhes que tem, ou deveriam, ex
istir em uma boa reportagem, você passa a procurar isso em todas, e fica muito frustrado quando não vê o que procura. 

Isso vem acontecendo com a cobertura da, como por alguns chamadas, guerra no Rio de Janeiro pela TV Globo. Sou um "globista" nato, na maior parte do tempo que vejo TV aberta estou na globo e pela internet acompanho o famoso (por boas e más coisas) G1. Normalmente fico bem satisfeito com o que vejo, não tomo como verdade unica - às vezes nem como verdade - mas acabo por ficar informado sobre o que vem acontecendo no mundo fora das paredes do meu quarto e das do ônibus. Nos últimos dias, no entanto, venho ficando desapontando com o que vejo. Nas coberturas ao vivo feitas pela Rede Globo é perceptível uma certa falta de preparo dos repórteres (que palavra feia) para falar melhor do assunto, falta do que transmitir - parece que pela limitação de locais para filmar, não censura, mas sim limitação pela própria segurança das equipes, falta material, falta de fotos e chega-se a um ponto onde existe uma falta do que falar na verdade. Hoje, ou melhor, ontem, abre cinco links diferentes que citavam diferentes acontecimentos, porém, no final das contas, era o mesmo texto. Ou melhor, o primeiro deles era o texto completo formado por diversos subtítulos seguidos de pequenos parágrafos, os outros quatro links eram exatamente esses subtítulos separados sem a adição de nenhuma outra informação escrita ou visual. É, como disse no início, frustrante isto.

Afinal, do que vale uma primeira página cheia de links, um cobertura 24 horas do acontecimento, se o que se reporta ao público é uma repetição de fatos às vezes mal transmitidos? Para mim, perda de tempo do rede e do público.


Novidade

A parte divertida de um curso de comunicação social é aquela onde você realmente pode fazer as coisas. Acredito que a grande maioria que entra nesse curso quer, como diz o popular, colocar a mão na massa. Criar, inventar, colocar a cabeça pra pensar naquela coisa diferente que fará com que quem a assista/escute/leia fique preso a ela e queira sempre mais.

Também como diz o popular, a primeira vez nunca se esquece. E esse foi o caso de uma das oficinas do primeiro período. 

Calouro é foda! Quer fazer de tudo e ao mesmo tempo não fazer nada e aproveitar todas as festas, que se procurar bem são praticamente diárias, na faculdade. Também fica todo animado na hora que vê algo novo ou algo que sempre imaginou como era, mas nunca teve a oportunidade de ver. Acho que esse é uma boa definição para a primeira vez que se vê aquela mesa de controle de um estúdio, tudo bem que depois você fica super decepcionado na hora que descobre que hoje em dia a maioria das coisas são feitas no computador. Mas é incrível ver toda aquela aparelhagem, nem tanto pelo fato de você ser a pessoa que é gravada, mas sim pelo o que aquilo é capaz de fazer. 

O áudio (vídeo porque é mais prático fazer um vídeo no youtube do que editar o HTML do blog pra criar um player e já são 01:10 da madrugada e não estou muito afim de "brincar" com isso) é fruto da melhor oficina até hoje, a de som e sentido. Tenho que ser sincero e dizer um quase clichê para essa matéria, mas após ela o sentido do som realmente mudou para mim e me vi colocando em prática coisas que aprendi e na hora achei meio que inúteis. 

Sem mais delongas, porque a entrevista é meio que longa (um trocadilho faz bem às vezes), a entrevista com Tatá Marinho, radialista da Rádio UFMG Educativa.

sábado, 27 de novembro de 2010

Criar...

Uma das coisas mais interessantes de todo o curso até agora foram nossas oficinas. Únicas oportunidades que tivemos de, bem ou mal, colocar a mão na massa e produzir algo - mesmo que bem amadoramente. As imagens abaixo são fruto da oficina de design, a idéia era escolher uma banda e criar uma imagem que a identificasse e uma imagem-fundo para a letra de uma música, a qual devia ter relação com a capa e com a letra também. 

Escolhi uma banda chamada Sentenced, uma banda que já acabou e teve o último álbum com o nove de "Funeral Album", por isso a imagem de um caixão na imagem que deveria representar a banda. As folhas vem pela letra da música, " We are but falling leaves".


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Semiótica...

Primeiro período de faculdade.
Depois de um ano de cursinho, que é uma coisa muito mais divertida do que util no final das contas - mas esse não é o assunto aqui -, a entrada no velho prédio da FAFICH é feita como um aluno e não mais como o Zé ninguém que faz uns bicos por ali.

Vai indo tudo muito bem.
Primeiros dias com algumas palestras bem chatas por sinal.
Depois conhecendo as novas pessoas que vão fazer mais parte da sua vida do que grande parte da sua família.
Aulas diferentes, com professores um tanto quanto estranhos e um que até hoje para mim é o Sr. Burnes dos Simpsons

Até que a primeira sexta-feira de aulas chega. 
Uma aula que nunca vou lembrar o nome de verdade, só que tratava de semiótica. Algo que até hoje não entendo direito e por isso não vou nem inventar de explicar, mas que - tenho que admitir - é bastante util e interessante. Dessa matéria surge um trabalho final diferente, analisar uma capa de revista. Feita em grupo, ou melhor, em trio, juntamente a Taiane e Gabriela, o resultado vem aí pra baixo.


A análise foi feita na capa da Revista Época – Edição 611 - 30/01/2010



INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo principal fazer uma leitura semiótica da capa da revista época do dia 30 de janeiro de 2010. A capa em questão é uma representação da reportagem principal da revista, a qual fala sobre o espaço que as mulheres vem conquistando, cada dia mais, em diversas áreas, tendo com isso mais poder e realizando tarefas que, até então, eram consideradas como exclusivas dos homens.
ANÁLISE
A capa da Revista Época do mês de janeiro de 2010 pode ser analisada a partir do eixo da linguagem que comporta o paradigma e o sintagma, tendo em vista sua forma de criação onde existe a união de vários paradigmas, para a formação do sintagma final.
Torna-se necessário uma breve enunciação da definição dos termos citados, partindo das idéias de Saussure podemos dizer que o paradigma é o conjunto das possíveis escolhas, de maneira que encaixem adequadamente para a formação do sentido final, o qual no caso é a capa da revista. O segundo é formado pela capa como um todo, é composto pelas palavras e letras usadas, a diagramação feita e a imagem ali inscrita, esse é o sintagma, a associação dos vários paradigmas de maneira única formando um sentido lógico.
Na imagem da capa temos o desenho do mundo da mulher e as várias riquezas que ela vem ganhando acesso, nesse desenho podemos separar duas árvores principais de paradigmas, os quais também poderiam ter outros significados além daquele tomado como principal. Também e importante salientar que a ilustradora poderia ter feito uso de outros paradigmas que se enquadrariam no mesmo raciocínio, porém ela usa os apresentados na imagem com o objetivo de dar ênfase a determinado sentido, no caso busca um foco maior em atributos que se liguem a riqueza e ao poder.
Na construção da imagem foram utilizados desenhos de objetos reais que se referem à riqueza, os quais também podem ser associados a poder, a dinheiro e a luxo, aludindo assim às conquistas realizadas pelas mulheres. Também é possível observar a escolha de outras imagens que são associadas à vaidade da mulher, e que também podem ser associadas à feminilidade, ao romantismo, etc., as quais mostram que mesmo ela conquistando tudo aquilo retratado no outro conjunto de paradigmas, não deixa a si mesma de lado.
No grupo dos paradigmas relacionados à riqueza, podemos citar os seguintes: o carro e a chave do mesmo – mostrando a sua capacidade de adquirir seu próprio veículo –, o dinheiro em si – que aparece na forma de notas, moedas e o próprio cifrão –, as jóias – no caso o anel e o colar –, os ingressos, a casa– mostrando que ela já adquire sua própria casa e que isso é uma base para ela. No outro grupo, o da vaidade, temos os seguintes paradigmas: as flores, a bolsa, as jóias – ao mesmo tempo que fazem parte do paradigma da riqueza, também podem fazer do paradigma da vaidade tendo em vista que são um produto que enaltece as mulheres –, as botas, a própria aparência da mulher, a mamadeira – trazendo a ideia de ser mãe, que não entra no contexto da vaidade, mas sim da feminilidade que a mulher mantém.
A partir do uso conjunto de todos esses paradigmas se tem a criação da imagem final, o sintagma, tendo a união do significado de cada um deles na ideia final de formar o mundo no qual as mulheres cada dia mais vêm ganhando acesso e, até mesmo, dominando.
Na formação da imagem e do sentindo completo buscado pela ilustradora, o conceito de paradigma e sintagma, é muito importante para o completo e mais profundo entendimento da ilustração. Por sua vez, tendo como base de raciocínio a segunda tricotomia de Peirce, que relaciona o signo e seu objeto (ícone, índice e símbolo), a capa da revista pode ser analisada tendo como ponto de vista central outra linha de pensamento, analisando os componentes da imagem não só como participantes em sua formação, mas sim como significantes desta.
Primeiramente podemos observar que todos os desenhos da capa se assemelham ao objeto representado, portanto sendo ícones do seu objeto. O carro, por exemplo, têm traços, cores e formas semelhantes ao real, fazendo com que o leitor ao ver esse desenho logo consiga associá-lo ao existente. Ao ver essa capa, conseguimos logo identificar todos os elementos que fazem parte de um chamado “universo feminino”, pois tais desenhos remetem aos objetos mais desejados e conquistados pela maioria das mulheres na atualidade.
Os símbolos também estão presentes nessa capa, sendo a produção de sentido mais fortemente empregada para enfatizar a matéria. Por serem convencionados e bastante utilizados pela sociedade em geral, os símbolos, na maioria das vezes, são formas de fazer uma ligação de uma coisa com outra. Analisando tal capa, pudemos perceber que os desenhos de carro, notas, moedas, jóias, casa e o próprio cifrão são símbolos de poder, boa condição social, riqueza e muitas vezes prestígio e sucesso. Já as botas, a maquiagem bem chamativa, o cabelo bem produzido e arrumado e a bolsa nos trazem a ideia de vaidade e modernidade que são traços bem marcantes das mulheres. Inclusive, esses símbolos diferenciam o feminino do masculino, fazendo uma ligação direta com o tema da matéria que irá mostrar a atuação diferenciada que as mulheres têm dos homens no mercado de trabalho. O avião e o notebook mostram a independência que elas conquistaram, por serem objetos que simbolizam a mobilidade e a facilidade de se comunicar. Dois elementos que representam o tempo, que são o relógio e a ampulheta, nos passam a ideia de que as mulheres estão tomando controle do tempo, podendo usá-lo a seu favor e não ficando dependentes dele.
Outro elemento que é quase imperceptível, mas de grande importância para tal análise, é o desenho de uma mamadeira que representa a maternidade. Com isso, podemos concluir que apesar de toda essa independência, poder e riqueza conquistados, as mulheres, na maioria das vezes, não abrem mão do casamento e de ter filhos. A presença de diversas flores e cores claras simboliza a delicadeza e a “fragilidade”, que são características convencionadas pela sociedade para se definir a mulher. Também podemos pensar em todos os objetos que estão ao redor da mulher e principalmente alguns deles que se encontra em suas mãos, como o carro, as chaves e a casa que são símbolos da sua conquista material. O olhar da mulher bem fixo e indiferente pode nos remeter a superioridade e liderança.
Finalizado essa parte da analise, tendo como base para tal a tricotomia que relaciona o signo com seu objeto, podemos utilizar outra dentre aquelas apresentadas por Charles Sanders Peirce, que também pode ser utilizada na analise da capa da revista época. Nesta, Peirce apresenta o signo como uma unidade composta por três categorias gerais da percepção humana: primeiridade, secundidade e terceiridade. Essas categorias representam os modos como os fenômenos aparecem à nossa consciência. A primeiridade se refere à pura qualidade de ser e de sentir, mera impressão, à sensação e à possibilidade. A secundidade trata da materialização, do aqui - agora, da capacidade de se provocar efeitos. Já a terceiridade faz referência à síntese intelectual, inteligibilidade, à significação. Essas categorias são indispensáveis para a constituição do signo Peirceano. Dessa forma, tais conceitos podem ser identificados e exemplificados por meio da capa da “Revista Época”, a qual pode ser entendida como um signo daquilo que ela deseja representar.
Ao visualizar o fundo branco como signo constituinte da capa, ele implica em nós uma mera impressão de neutralidade, a sensação de que o foco da capa não é a cor branca e sim a imagem e o texto que se sobrepõem a ela. Esse caráter branco da capa é uma característica que se encontra no âmbito da primeiridade.
A capa, enquanto objeto material, constituída de papel, tinta e outros materiais, ultrapassou o limite da possibilidade. Ela se tornou algo real, palpável, visível. A imagem e as letras impressas nela conferem-na vida, atribuindo a ela a característica de ser algo concreto e significativo, que ocupa um determinado lugar. Essas qualidades materiais da capa se centram na esfera da secundidade.
Analisando a capa como um todo, agrupando-se as imagens, os textos, as cores e margens, é viável tirar conclusões, fazer comentários a respeito da matéria a qual ela se refere e seus assuntos e estabelecer relações entre as imagens, o texto impresso na capa e a reportagem contida no interior da revista. Por exemplo, ao estudar a capa “Mulheres e dinheiro”, pode-se concluir, por meio de uma síntese intelectual, que o principal assunto da revista é a crescente participação que as mulheres vêm conquistando nas diversas áreas do mundo, obtendo cada vez mais controle e exercendo poder sobre ele. Tais atributos se situam no campo da terceiridade.
Por fim, e não menos importante, devemos analisar a imagem em si, a partir da suas características únicas e sua importância na formação de sentindo, ainda mais no caso da imagem como capa da reportagem. Segundo Martine Joly (“Introdução á análise da imagem”), o termo “imagem” é utilizado para designar várias significações, desde um desenho até uma “imagem mental”. Dessa forma, é complicado estabelecer um conceito que englobe todas as significações dessa palavra. Contudo, de acordo com Joly,
     “Compreendemos que indica algo que, embora nem sempre remeta ao visível, toma alguns traços emprestados do visual e, de qualquer modo, depende da produção de um sujeito: imaginária ou concreta, a imagem passa por alguém que a produz ou reconhece.” (1996. pag. 13)
Assim, os desenhos contidos na capa da revista podem ser considerados imagens, de acordo com a concepção de Martine Joly.
As ilustrações da capa se enquadram no que a autora Lúcia Santaella, em seu texto “Os três paradigmas da imagem”, expõe a respeito do caráter das imagens. Ela apresenta três paradigmas do processo evolutivo da produção de imagens: o pré-fotográfico, que se refere às imagens feitas manualmente; o fotográfico, que se constitui de imagens geradas por meio de processos automáticos de captação e; o pós- fotográficos, que se caracteriza pelas imagens infográficas, predominantemente computacionais. Para enquadrá-las em seus paradigmas, Santaella utiliza critérios como meios de produção, natureza e as conseqüências para a relação com o mundo.
A imagem contida na capa pode ser classificada como uma imagem do paradigma pós-fotográfico, uma vez que se constitui por meio de matrizes numéricas e é produzida por técnicas computacionais, passando por um processo de digitalização.
Ao realizar análise semiótica da capa da Revista Época, “Mulheres e Dinheiro”, pode-se perceber como os conceitos semióticos apresentados pelos diversos autores trabalhados nesta análise são relevantes para se construir o efeito de sentido e se compreender a significação que o signo capa deseja exprimir. 


Um blog para que?


As pessoas que conheço e criam um blog, por vontade própria, o fazem querendo um lugar para soltar aquelas malditas coisas que ficam guardando em si, dentro do gigantesco HD da cabeça, e acabam deixando elas meio, ou mais, loucas. Por isso eu já pensei em fazer um blog várias vezes, mas como diria Jaiminho o carteirei "prefiro evitar a fadiga". 

Tudo bem que, para a grande maioria, não vejo isso fazendo efeito, são loucos do mesmo jeito, com ou sem blog. Porém parece que é até um exercício interessante para relaxar. Um espaço, mesmo que ínfimo em todo esse "espaço" da internet, onde se pode dizer e, de certa maneira, fazer o que quiser, sem ser restringido ou punido por algo ou alguém. 

Mas de qualquer maneira crio esse blog hoje, por pura e total necessidade - e olha que a fadiga está quase ganhando a batalha entre fazer e não fazer. Mas vamos ver no que dá! Vai que acabo gostando da brincadeira e passo a jogar semanalmente.